Portugués

Nesta sexta-feira parte do nosso alunado de português viajou a Braga para visitar a Zet Gallery. Esta visita representa o final de um projeto #CPInnova que foi desenvolvido durante todo este ano académico: Artepalavras, expressões criativas em português.

As professoras Cristina Brión Calo (do Departamento de Geografia e História) e Carme Saborido Paz (do Departamento de Português) gizaram várias atividades por forma a misturar conteúdos de língua e cultura portuguesas com estudos de arte contemporânea. Desta maneira, como vimos contando todo este ano nesta página, levaram a cabo iniciativas como a confeição de agamógrafos, a customização de cartazes de artistas contemporâneos portugueses, a elaboração de tote-bags e estojos com técnicas de pintura acrílica e hand-printing ou o design de crachás. 

Nesta viagem contamos com o acompanhamento e a inestimável ajuda na organização do professor Manuel Amor e da professora Noémia Tato, que estiveram sempre atentos às necessidades do grupo.

Quando os nossos estudantes chegaram à Zet, foram recebidos pela Rita Fonseca, responsável pelas Traduções e Mediação Cultural e integrante do programa de educação que a galeria tem com o Plano Nacional das Artes português. A exposição do artista João Tabarra (1966) "Teimosamente persisto em adorar a liberdade" foi o conteúdo que o nosso alunado pôde desfrutar e não deixou ninguém indiferente. As redes sociais da Zet fizeram pública a visita do nosso IES neste post.

Depois deste primeiro contacto para muitos com uma galeria, a viagem continuou para conhecer as diferentes arquiteturas que podem ser desfrutadas em Braga. Foi assim que a Sé, o Palácio do Raio, o Arco da Porta Nova ou a Casa Rolão ficaram conhecidas e também avaliadas neste caderno de viagem. Também não esquecemos a parte mais popular, como a superstição de encontrar os três galos na fachada da Igreja da Santa Cruz, as frigideiras do Cantinho ou outras explicações mais filológicas como a origem dos dias da semana e de outras expressões como "És de Braga?", "Ser mais velho do que a Sé de Braga" ou "Mandar abaixo de Braga".

Este ano fazem-se 50 anos da Revolução dos Cravos e a nossa escola quis aproveitar o ensejo para comemorar a data a preceito.

Durante duas semanas o Departamento de Português propôs dinâmicas de interação artística envolvidas num projeto que demos em chamar "50 anos, 50 cravos".

Primeiramente, a professora Carme Saborido contactou com o ilustrador Sérgio Condeço por forma a ele enviar uns cartazes da sua última exposição no Museu do Aljube em Lisboa. Estes cartazes tinham como objetivo a interação ativa com o público, já que neles aparecia um cravo, uma quadra do Grândola Vila Morena inacabada e um código QR. Cada um de nós podia desenhar, completar a letra, colorir... enfim, reivindicar da maneira que melhor acharmos. Através do código QR podemos enviar os resultados ao artista, garantindo um diálogo artístico sem precedentes no centro e contrinuindo para criar uma obra de arte transfronteiriça.

Os cartazes ainda enfeitam os corredores do IES.

Como atividade de aula, para além de explicar o significado deste dia, estivemos a pintar tote bags e estojos. As tote bags foram pintadas com acrílico com a técnica do hand printing e para os estojos preferimos pintar com palhinhas. Os resultados foram espetaculares e achamos que esta é uma lembrança que o nosso alunado vai atesourar para sempre.

No próprio dia 25 de Abril fizemos uma oficina de elaboração de cravos de origami. O nosso desafio era fazer 50 cravos num recreio e foi logo atingido. Muito obrigada aos professores Moisés e Noémia por terem ajudado tanto, assim como à magnífica equipa de contínuos que temos no centro, Javier e Elena.

Como prémio, quem aceitava o desafio e terminava podia conseguir um crachá, também feito por nós com a ajuda das professoras Begoña e María José.

Foi um dia em dia em grande que envolveu toda a comunidade! Como diria o Zeca, venham mais cinco!

O Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar (Portugal) lançou um desafio para o nosso Departamento de Português: trabalharmos em aulas o escritor Eugénio de Andrade. Nós aceitamos com grande empolgação. Em aulas estivemos a conhecer a biografia do poeta, assim como uma seleção de poemas. O objetivo final era construirmos um agamógrafo, seguindo a proposta estética de arte ótica de Yacoov Agam. 

Assim, se virmos o agamógrafo de um lado vai aparecer um retrato do autor, se virmos o agamógrafo de outro ponto de vista, vai mostrar-nos um poema ou biografia.

Foi uma atividade diferente e gostamos mesmo disso.

O Departamento de Português do nosso centro organizou, conjuntamente com a Escola Oficial de Idiomas de Compostela, a visita de Marco Neves e Sam The Kid. Eles dois são figuras proeminentes na cultura portuguesa cada um no seu ramo, para além de estarem no comando da elaboração de um podcast: Assim ou Assado.

Marco Neves é autor, professor, tradutor, podcaster e especialista em línguas. Tem-se sagrado como uma das vozes mais notáveis na filologia portuguesa contemporânea com as suas obras Doze segredos da língua portuguesa, A incrível história secreta da língua portuguesa ou História do português desde o Big Bang.

Sam The Kid é o nome artístico de Samuel Mira, produtor musical e rapper, que se define como curioso das línguas. Foi esta curiosidade que levou o Sam a contactar com o Marco Neves e propor-lhe a ideia de um podcast onde falassem abertamente e de maneira descontraída sobre as línguas, o preconceito linguístico ou outros factos filológicos. Fruto da compilação das informações do podcast Assim ou assado, nasceu o livro homónimo, que vieram apresentar nesta pequena digressão.

Nesta palestra houve espaço para muitas perguntas. O nosso alunado teve a oportunidade de interagir com os palestrantes que nos deram o seu tempo e que foram capazes de transmitirem a sua paixão pela língua. Conseguimos até ouvir o Sam The Kid fazer free style.

       
Voltem sempre, as portas estão escancardas!